“Como justifica o Governo que se mantenha um acordo de gestão que ao longo dos anos tem provado ser péssimo para o hospital de Serpa, para o SNS e para a população?”, questionou a deputada Catarina Martins à tutela.

A parlamentar quer, também, saber “até quando vai o governo aceitar esta situação de degradação e esta negação de direitos à população de Serpa?” e questiona, ainda, o ministério da Saúde, “perante a tragédia de um utente que morreu sem assistência à porta das urgências do hospital de Serpa, que responsabilidades serão assacadas à Santa Casa da Misericórdia de Serpa que tinha a obrigação de ter este serviço em funcionamento?

O Bloco de Esquerda considera que “a entrega do Hospital de S. Paulo à Santa Casa da Misericórdia de Serpa tem sido um desastre para a população e uma barreira ao direito de acesso à saúde”.

Acrescenta que “os serviços e a assistência prestada ficaram muito aquém das necessidades da população e a situação no concelho tem sido marcada por um litígio crescente com a Unidade Local de Saúde, tendo a Santa Casa ameaçado, de forma reiterada, com encerramento de serviços que objetivamente prejudicaram a população”.

“Há poucos dias, um homem de 64 anos morreu à porta das urgências do hospital de Serpa porque foi impedido de entrar, uma vez que, não tinha médicos e a urgência não estava a funcionar. A vítima esteve uma hora à espera de assistência e acabou por falecer no local”, frisa o BE.

A mesma fonte diz que “esta tragédia nunca deveria ter acontecido, uma vez que a Santa Casa da Misericórdia tem a obrigação de garantir o funcionamento permanente deste serviço de urgência.”

Acrescenta que “mais uma vez a Santa Casa da Misericórdia de Serpa falhou, desrespeitou deliberadamente o acordo que tem com o SNS e, mais uma vez, provou não ser entidade credível para gerir um hospital que deve ser público e que deve ser plenamente integrado no Serviço Nacional de Saúde”.

“O hospital de Serpa tem de voltar à gestão pública e ao Serviço Nacional de Saúde e deve ser alvo de um projeto de investimento e requalificação públicos”, destaca, ainda, o BE. 

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