No documento é recordado que não se trata de uma questão nova e que o autarca, tem vindo a reivindicar a construção da Barragem de Oeiras, no concelho de Almodôvar, como sendo uma necessária solução de recurso hídrico para a região do Baixo Alentejo.

Esta nova barragem “tiraria partido do troço da ribeira de Oeiras, um afluente do rio Guadiana e serviria para apoiar e reforçar o abastecimento de água da albufeira do Monte da Rocha, no concelho de Ourique, como abastecimento de reserva para os concelhos alentejanos de Almodôvar, Castro Verde e Mértola e o Nordeste Algarvio, em concelhos como os de Alcoutim e Castro Marim.”

Tendo em conta as alterações climatéricas e a consequente evolução das condições atmosféricas, a água é cada vez mais um bem tão necessário quanto escasso. Neste sentido, sobretudo na região do Baixo Alentejo, onde “os aquíferos e os rios não são de todo suficientes para garantir o fornecimento nos caudais necessários ao consumo humano e às suas atividades económicas, o abastecimento público através de albufeiras é um complemento essencial, além de permitir a criação de zonas húmidas importantes para reduzir os efeitos da seca que se vêm fazendo sentir. “

Tal como tem vindo a afirmar António Bota, “a nova albufeira permitiria que a ribeira de Oeiras pudesse ter um caudal ecológico para abeberamento de animais domésticos e especialmente selvagens, e, favoreceria também a manutenção dos ecossistemas, da fauna e flora locais.”

Para o autarca, “o problema da seca e da falta de recursos hídricos no Baixo Alentejo não é um problema novo, mas será um problema cada vez mais grave, pelo que é fundamental constituir reservas de água e aproveitar desde já os poucos recursos existentes, bem como as chuvas que vem cada vez menos e com maior intensidade, para preparar o futuro que não se avizinha risonho para a região.”

Tendo em conta esta situação, António Bota reafirma que “a construção da Barragem de Oeiras e o aproveitamento do caudal do Rio Guadiana é um investimento que, além de ser estritamente necessário para o fornecimento público de água, será uma mais-valia para a região, não só para o desenvolvimento da economia regional, como para a sua fauna, flora e ecologia.”

Quanto às vozes que rejeitam a construção de barragens, para António Bota, “o facto é que quando temos anos de seca – e vamos ter cada vez mais e mais severos – a nossa atenção se vira para o nível das barragens como garantia de vida.”
Nesse sentido defende que “temos que começar a pensar o que vai ser o nosso distrito daqui a 20 anos e começar a fazer obras e construções hoje. “

 

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.