Em comunicado, as duas associações sublinham que o incêndio que deflagrou no sábado em Odemira tem afetado zonas de floresta mediterrânica junto à serra de Monchique e está a destruir parte da zona especial de conservação da Rede Natura 2000, que integra também a zona de proteção especial para a avifauna.

Preocupadas, por isso, com o impacto do incêndio nos ecossistemas florestais e na afetação dos serviços ambientais, a Quercus e a Acréscimo apontam que o fogo tem afetado igualmente vastas áreas de eucaliptal da empresa Navigator, que pedem que sejam reequacionadas.

“É fundamental para reduzir o risco de propagação de incêndios devido a projeções de materiais incandescentes a grande distância, as quais dispersam focos secundários de fogo e, portanto, dificultam o controlo e extinção do incêndio como se está a verificar em várias áreas, nomeadamente em Odemira, Aljezur e Monchique”, refere o comunicado.

Em concreto, defendem a reconversão de antigos eucaliptais, plantados em áreas de floresta mediterrânica, “apostando em espécies mais resilientes ao fogo, o que é essencial para uma resposta estrutural”.

“Manter o eucalipto revela falta de visão estratégica ao comprometer o futuro do território e a própria economia rural devido à maior vulnerabilidade aos incêndios, pela perda de serviços dos ecossistemas e afetação da atividade de turismo nesta área do Litoral Alentejano e Algarve”, acrescentam.


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