Na missiva a APCP começa por afirmar que “Portugal é marcado por sérias desigualdades no acesso a Cuidados Paliativos, e a fragilidade destas respostas ficou ainda mais acentuada e exposta durante esta pandemia.”, por isso, considera “urgente que o investimento em Cuidados Paliativos, assumido unanimemente como prioritário pelo Parlamento, seja consequente com a reabertura integral dos Serviços de Cuidados Paliativos que existiam na fase pré-pandémica.”

 A APCP afirma que não restam “dúvidas sobre a urgência em assegurar cuidados de saúde adequados, de qualidade e rigorosos, aos doentes com necessidades paliativas” e que “alguns desses doentes (“COVID” e “não-COVID”) necessitam(ram), em fase terminal, de internamento em unidades especializadas em Cuidados Paliativos, mas à esmagadora maioria não lhe foi possibilitado o acesso” porque “estas unidades, escassas para as necessidades do País, foram, durante a pandemia e em diversos hospitais, encerradas, deixando de haver resposta de internamento especializado em Cuidados Paliativos, incluindo cuidados em fim de vida.”

Ainda segundo a APCP “é reconhecido que além da existência de mais unidades de Cuidados Paliativos, é urgente que o acesso a equipas especializadas que prestem cuidados diretos ou consultoria a outros profissionais seja uma realidade, em qualquer serviço de saúde, em qualquer casa” e, por isso,  “Portugal tem de fazer este caminho com responsabilidade e com a consciência de que não se trata apenas de nomear equipas ou de comprar camas.”

Para a APCP, presidida por Catarina Pazes, é fundamental que os “Cuidados Paliativos passem a ser entendidos como uma verdadeira prioridade que são no investimento em Cuidados de Saúde”, defendo que se trata de “uma urgência para o SNS, uma vez que os doentes com necessidades paliativas se encontram em todo o sistema de saúde e social.” O facto de não terem acesso a cuidados de saúde adequados à sua situação não significa, segundo a APCP, que “não estejam a ser atendidos nos serviços, antes que podem estar a receber cuidados desadequados e desproporcionados, que não previnem nem tratam o sofrimento e que, ainda assim, são altamente dispendiosos.”

Na Carta Aberta enviada a António Costa e Marta Temido, a APCP, solicita ainda que sejam “consideradas para o Programa de Recuperação e Resiliência as medidas apresentadas por esta Associação na Plataforma de Consulta Pública, assim como que seja nomeada sem mais demoras a nova Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, a bem da concretização da Estratégia de Desenvolvimento dos Cuidados Paliativo

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