“Existe uma marcada assimetria na distribuição nacional. Comparativamente com a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se encontrou uma prevalência de 18,8%, o Alentejo tem um risco cerca de duas vezes maior (29,2%) enquanto na região Norte o risco é 50% menor (12,9%)”, disse à agência Lusa Cristina Gavina, cardiologista e investigadora principal do estudo observacional Porthos.

Para a investigadora, estes dados mostram que se está perante “um problema de saúde pública com uma dimensão muito considerável", defendendo, por isso, ser “imperativo fazer uma reflexão sobre estes resultados e desenhar políticas de saúde que permitam responder a este problema”.

Segundo o estudo, a maioria das pessoas tem um tipo de insuficiência cardíaca na qual o coração tem dificuldade em relaxar, de forma a acomodar o sangue que chega dos pulmões, denominada insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, que é mais comum nas mulheres mais idosas, particularmente acima dos 70 anos.

O estudo decorreu entre dezembro de 2021 e setembro de 2023, envolvendo uma amostra de 6.189 pessoas com mais de 50 anos registadas no Serviço Nacional de Saúde em Portugal Continental.

Estima-se que um em cada seis portugueses viva com insuficiência cardíaca, sendo que as mulheres têm 2,3 vezes maior risco do que os homens de desenvolver a doença.

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