O Observatório AlenRiscos, “único a nível nacional”, tem como objetivo “o estudo do consumo de substâncias psicoativas” e de “comportamentos aditivos no contexto escolar das turmas do 3.º ciclo do ensino básico” de todas as escolas alentejanas, revelou a UÉ, em comunicado.

Para o efeito, vai ser desenvolvido “um estudo longitudinal com observação anual dos consumos e comportamentos de risco” entre os alunos que frequentam aquele ciclo de ensino na região, ou seja, do 7.º ao 9.º ano de escolaridade, acrescentou.

O protocolo interinstitucional relativo ao observatório, coordenado por Manuel Lopes, professor do Departamento de Enfermagem e investigador do CHRC - Comprehensive Health Research Centre da UÉ, foi assinado esta quarta-feira, em Évora.

As escolas “são essenciais na criação de dinâmicas preventivas no que toca ao uso e abuso das substâncias psicoativas”, disse o coordenador do AlenRiscos.

“E nas salas de aula e nos vários contextos escolares que as crianças crescem e os jovens amadurecem”, pelo que “um conhecimento profundo destas realidades deverá constituir uma prioridade”, argumentou Manuel Lopes.

Segundo o investigador, “a avaliação do perfil do uso de drogas e comportamentos de risco numa dada população permite o desenvolvimento de programas mais realistas”.

E, acrescentou, quando a pesquisa é longitudinal, “passa a fornecer indicadores fundamentais para a avaliação dos resultados de intervenções eventualmente implementadas num dado período”.

“Torna-se, portanto, pertinente e oportuno a concretização deste projeto e o envolvimento de toda a comunidade escolar, assim como parceiros estratégicos com atuação na área da saúde, educação, investigação e intervenção social”, enumerou.

O consumo de substâncias psicoativas e os comportamentos aditivos no contexto escolar são hoje “um sério problema de saúde pública”, alertou o coordenador do Observatório AlenRiscos.

Manuel Lopes frisou que a comunidade educativa “é confrontada com enormes desafios no sentido do desenvolvimento de uma resposta única, integrada e pragmática para um fenómeno em constante evolução”.

O observatório é constituído por investigadores da UÉ e por parceiros de diversas instituições, como a Direção de Serviços do Alentejo da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e a Administração Regional de Saúde do Alentejo, através da Unidade de Intervenção Local em Comportamento Aditivos de Évora/DICAD e o Departamento de Saúde Pública.

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.