Segundo os dados divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da administração Interna, a AD elegeu 86 deputados e a coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores 3, o PS e o Chega elegeram ambos 58, a IL 8, o Livre 6, a CDU (PCP/PEV) 3, o BE um, o PAN também 1 assim como o JPP que elege pela primeira vez um deputado.

O presidente do PSD leu os resultados das eleições como um voto de confiança pessoal enquanto primeiro-ministro, no Governo e no projeto político da AD, prometendo diálogo, mas pedindo responsabilidade “às oposições”.

Em relação a 2024, a AD sobe pelo menos 9 deputados (faltam apurar ainda os círculos da emigração) e cerca de 50 mil votos, totalizando 89 parlamentares e 32,7% dos votos.

A coligação liderada por Luís Montenegro aumentou a diferença em relação aos seus adversários diretos: PS e Chega têm, por enquanto, 58 deputados, quando, na anterior legislatura, PSD e PS tinham os mesmos 78 parlamentares.

Face a estes resultados, o líder da AD disse “não ver outra solução de Governo” que não passe por PSD e CDS-PP, considerando que “não é crível nem admissível” um cenário, aritmeticamente possível, de uma coligação entre PS e Chega.

“O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro; o povo quer que este Governo dialogue com as oposições, mas o povo também quer que as oposições respeitem e dialoguem com este Governo e com este primeiro-ministro”, salientou.

Questionado se mantém o “não é não” ao partido liderado por André Ventura, disse já ter demonstrado que cumpre a sua palavra. Nesta campanha eleitoral, reafirmou que não conta com o Chega para soluções de Governo.

“Tenho a certeza que vai acabar por imperar o sentido de responsabilidade, não só para a assunção plena de poderes do Governo, mas para condições de execução do programa do Governo em quatro anos”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de haver uma comissão de inquérito sobre a empresa da sua família, a Spinumviva, que esteve na origem da crise política, contrapôs que o que levou a legislativas antecipadas foi “a rejeição de uma moção de confiança na Assembleia da República”, pedindo a todos “respeito pela vontade dos portugueses”.

Na resposta às perguntas dos jornalistas, Luís Montenegro nunca deixou qualquer sinal de distinção entre PS e Chega – falando sempre “nas oposições” -, nem antecipou se falará ou não com a IL em relação à próxima legislatura.

Sobre a possibilidade que tem de fazer uma revisão constitucional sem precisar do PS, o que acontece pela primeira vez em democracia – a AD faz dois terços com Chega e IL -, recusou falar, para já, nesse assunto, bem como sobre um futuro líder socialista.

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