Opinião Atual

Do Diário do Alentejo ao OATUAL

Quando em criança comecei a ler com alguma fluidez, lia o Diário do Alentejo. Recordo-me perfeitamente de ir ao correio da aldeia levantar o jornal que chegava para alguém do monte onde então morava, e deliciar-me. Tenho ainda bem presente o interesse especial que tinha pelas notícias desportivas, e também, nunca percebi porquê, pelos anúncios de venda de animais. Não imaginava então, que anos mais tarde, viria a colaborar com o dito jornal na condição de correspondente no Concelho de Mértola, tendo então feito alguns trabalhos.

Mais tarde, já adulto, acompanhei a “febre” das rádios locais. Colaborei com algumas. A Castrense, onde durante algum tempo tive uma crónica semanal, mas também a Rádio Alcoutim, onde e como dirigente associativo fui algumas vezes. Tenho bem presente a imagem dos estúdios rudimentares e outras condições muito precárias desses difíceis primeiros tempos das ditas rádios locais, que funcionavam, e porventura algumas ainda funcionam, muito com base na carolice de uns quantos. dirigentes e jornalistas. Tive ainda, no princípio da década de noventa, uma fugaz passagem pela Rádio Pax como comentador.

Mais tarde vieram as redes sociais, eclodindo então, quase como cogumelos, os Blogs e outras plataformas individuais, de empresas e outras organizações. Foi o tempo que abriu uma nova era na comunicação. As chamadas TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação, permitiram globalizar a palavra, as imagens, ideias e por vezes ideais. Mas trouxeram também a difusão do pior que há nas pessoas e na comunicação social. A falta de rigor informativo e a futilidade, por exemplo.

Apesar de várias vezes instigado por amigos - “devias criar um Blog” – nunca tive essa tentação.

Passado esse tempo, e até aos jornais e tvs on-line, foi um pequeno passo. E é aqui que agora me encontro, com o mesmo entusiamo de sempre. Espero que ao longo desta minha passagem pelo OATUAL, abordar temas que sejam do interesse da nossa região. O enfoque será tanto quanto possível lúcido, mas também com uma pontinha de paixão.

 Longa vida para este projeto e para os seus mentores.

Miguel da Conceição Bento

Mértola, Fevereiro de 2020

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