Digno embaixador da tradição interpretativa checo-morávia, oJanáček Quartet leva a Mourão “Transcendência, Sentimento, Emoção: Obras Cimeiras de Suk, Dvořák e Janáček”, um concerto que se antevê memorável, quer pela escolha de repertório, quer pelo virtuosismo dos intérpretes – os mais do que famosos Miloš Vacek (1.º violino), Richard Kružík (2.º violino), Jan Řezníček (violeta) e Břetislav Vybíral (violoncelo).

Fundado em 1947 por elementos do Conservatório de Brno, o ensemble adoptou o nome em homenagem às brilhantes composições de Leoš Janáček para quarteto de cordas. Estreou-se internacionalmente em 1955 e, breves anos decorridos, já atuara em todos os continentes, numa fulgurante carreira que entusiasmou o público e a crítica. Tem sido aclamado nas mais prestigiadas salas e festivais e dois títulos da sua rica discografia foram premiados com o Grand Prix de l’Académie Charles Cros e o Preis der Deutschen Schallplattenkritik.

A anteceder a grande música vinda da Europa Central, o Festival propõe uma visita ao castelo de Mourão (hoje, 17h) e uma ação de biodiversidade em torno de Alqueva e dos desafios que o grande lago trouxe ao território (31 Julho, 9h30).

Na sua primeira passagem pelo território mouranense, o Festival dedica a actividade de património cultural a um marco na paisagem: o castelo de Mourão. Começado a construir no século XIV, no reinado de D. Afonso IV, e com intervenções de monta nos séculos XVI e XVII, o conjunto defensivo testemunhou momentos conturbados na história político-militar portuguesa, sendo peça-chave para o desenho da nossa fronteira. Com encontro às 17h, no Jardim Municipal, os participantes são convidados a conhecer a impressionante fortaleza que domina a casario e oferece uma magnífica vista para as águas de Alqueva, que o orlam, e para Monsaraz, na margem oposta.

Para completar o fim-de-semana, a acção de biodiversidade – domingo, 9h30, ponto de encontro no Jardim Municipal –, incide noutro marco definidor da paisagem do território: a barragem de Alqueva. Com uma albufeira com 250 km² e mais de 1100 km de margens, é o maior lago artificial da Europa, abrangendo cinco concelhos do Alentejo: Portel, Moura, Reguengos de Monsaraz, Mourão e Alandroal. “O Grande Lago: Em Torno de Alqueva” é o título do evento que, num périplo pelas freguesias de Granja, Luz e Mourão, visa sensibilizar para os desafios que a barragem representa em termos de sustentabilidade e conta com o testemunho de técnicos da EDIA e de residentes no concelho. 

O Terras sem Sombra interrompe a temporada em Agosto, retomando a programação em Setembro. Assim, nesta 18.ª edição, o Festival passa ainda por Odemira (3 e 4 de Setembro), Montemor-o-Novo (18 e 19 de Setembro) e Sines (22 e 23 de Outubro).

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