Segundo o SPZS “a indisfarçável falta de professores tem tendência a agravar-se, pois este ano letivo acompanhou a evolução negativa dos últimos três anos.”

O SPZS, à semelhança dos últimos anos, procedeu ao levantamento dos horários em falta na sua área sindical, que abrange os distritos de Portalegre, Évora, Beja e Faro.

Feitas as contas, o SPZS afirma que comprovou, mais uma vez, que “a falta de professores é um problema que tem vindo a agravar-se nos últimos anos, e para o qual há muito vem alertando e apresentando soluções.”

Do levantamento realizado, nos 89% dos agrupamentos de escolas da área sindical do SPZS que responderam, existem horários por preencher, sendo a sua maioria, cerca de 50%, no 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário, tal como a tendência a nível nacional.

O SPZS afirma que em relação ao distrito de Beja, a situação é bastante preocupante, há cerca de 47 horários por preencher, correspondentes a 826 horas, com 4.130 alunos afetados, sendo este o distrito do país onde a média de horas por horário é maior. Dos vários agrupamentos com professores em falta, são destacados o AE de São Teotónio com 14 horários sem professor, o AE N.º2 de Serpa com 7 horários, o AE de Ourique com 6 horários ou o AE de Alvito com 4 horários sem professor (num concelho com pouco mais de dois mil habitantes).

A falta de professores é mais notória, de acordo com o SPZS, nos grupos de recrutamento que abrangem o 3º CEB e Secundário, nomeadamente nas disciplinas de Informática- 550, Português-300, Matemática – 500, Inglês – 330, História-400, Geografia-420, Biologia-520, Física e Química-510.

Segundo o SPZS 2existem ainda muitos horários por ocupar no grupo de recrutamento 220 – Português Inglês do 2º CEB, assim como é bastante preocupante a falta de recursos humanos na Educação Especial."

O SPZS garante que vai “continuar a acompanhar a evolução da situação em toda a Zona Sul, alertando para a necessidade de mobilização em defesa da Escola Pública e, em particular, para a compreensão do problema da falta de professores que é consequência de políticas continuadas de desvalorização da profissão docente.”

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