Foto: C.M.Redondo

Considerada uma das principais manifestações culturais do Alentejo, a tradição, promovida pelo município, tem periodicidade bienal, embora a edição de 2021 tenha sido cancelada, devido à pandemia de covid-19.

A edição deste ano, entre sábado e 06 de agosto, conta com 24 ruas enfeitadas com temáticas diferentes, que, segundo os promotores, “desafiam os visitantes a entrar num mundo colorido de fantasia”.

O presidente da Câmara de Redondo, no distrito de Évora, David Galego, referiu hoje à agência Lusa que são esperados “milhares de visitantes” na edição deste ano e que o evento terá “muita qualidade”, prevendo que o dia inaugural seja “o mais forte”.

A ornamentação das ruas da vila alentejana envolve, de acordo com os promotores, "um trabalho voluntário de criatividade e imaginação” que nesta edição ocupa cerca de 400 pessoas, além de "toneladas de papel" e outros materiais, como cartão e madeira, que a autarquia adquire.

"Há pessoas que estão desde o final de 2022 a trabalhar nas ornamentações e há mais de 20 pessoas a trabalhar a tempo inteiro também nas ornamentações desde janeiro deste ano”, observou David Galego.

Segundo o autarca, o município investe cerca de 400 mil euros nas festas deste ano e pretende, nas ornamentações, “fazer uma consolidação da zona central da vila”.

O município realça que “esta manifestação cultural conseguiu afirmar-se, e é hoje uma das tradições com mais notoriedade a nível nacional, cuja organização envolve centenas de habitantes locais que dão as mãos à criatividade, fazendo jus a um trabalho que é arte pura”.

O cartaz de espetáculos do evento inclui atuações de Álvaro de Luna (sábado), Anjos com a Banda da Sociedade Filarmónica Municipal Redondense (domingo) e Orquestra Ligeira do Exército (segunda-feira).

Para o dia 01 de agosto está marcada a noite de cante e nos dias seguintes vão atuar Augusto Canário (02 de agosto), 20 Age Project (03), André Sardet (04) e David Carreira (05). Para o dia 06 está agendado um festival de folclore.

Atuações de ‘dj’, mostra de artesanato e de produtos regionais, gastronomia, provas de vinhos, exposições, corrida de toiros e convívio piscatório são outros atrativos do programa.

Depois de um longo interregno, o município retomou há 30 anos as tradicionais festas populares da vila, em que a população ornamenta as ruas com figuras, flores e outros motivos em papel colorido. A entrada é livre.

Os temas escolhidos pelos moradores, considerados autênticos artistas, são os mais variados, desde motivos etnográficos e florais até histórias imaginárias e exóticas, num evento que "abrange uma área grande da vila".

Cada rua apresenta um tema diferente, escolhido livremente pelos moradores, que o mantêm em segredo até ao dia da saída do programa.

Os registos escritos mais antigos indicam que a ornamentação das ruas remonta a 1838, tendo passado a ter caráter bienal em 1998.

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