De acordo com os comunistas, estes dados, “refletem igualmente o brutal impacto que as políticas de exploração e empobrecimento, nomeadamente nos tempos do Governo PSD/CDS, tiveram na região” e que “não fora a ação e intervenção dos municípios CDU na região, indo muitas vezes além daquilo que são as suas responsabilidades, e a situação social e demográfica seria ainda pior”.

Para a DRA do PCP “é tempo de acabar com mentiras, hipocrisia e promessas vãs. O despovoamento do Alentejo tem responsáveis e esses são o PS, o PSD e o CDS que prosseguem há décadas políticas altamente lesivas do interesse da região Alentejo e do seu povo.”

A DRA afirma ainda que “foi a política de direita dos sucessivos governos destes partidos que destruíram e continuam a destruir serviços públicos; que extinguiram freguesias; que irresponsavelmente alimentaram a lógica da dependência externa com o desinvestimento, a desarticulação da produção nacional e a consequente destruição de postos de trabalho obrigando a juventude a sair da região ou a emigrar; que levaram a cabo a privatização de sectores estratégicos; que mentiram e adiaram consecutivamente o investimento nas infraestruturas para a região; que negaram e negam as populações da região o direito à mobilidade com a falta de transportes públicos; que perverteram e pervertem a utilização de fundos comunitários supostamente destinados a assegurar a prometida coesão social e territorial mas que são sempre aplicados à margem de efetivos planos regionais de desenvolvimento, e sempre usados para beneficiar os poderosos e os grandes negócios.”

Considera a DRA que “é tempo de uma vez por todas abordar com a seriedade e o respeito devido aos alentejanos as políticas que podem inverter esta tendência” e recorda que o PCP vem há muito propondo que é necessário conceber e sobretudo concretizar uma visão estratégica de desenvolvimento para o Alentejo.

Uma visão estratégica que, segundo a DRA, “não é compatível com políticas centralistas, de desresponsabilização do Estado, asfixiantes do poder local ou criadoras de lógicas clientelistas ou ainda com ilusões criadas como o logro da eleição das CCDR e da transferência para estas de atribuições tão importantes como as verificadas recentemente em áreas como a cultura, agricultura, saúde ou ordenam.”

Para o Executivo da DRA do PCP, “a fixação de população no Alentejo depende em grande medida de uma dinâmica verdadeiramente regional, democrática e participada, só possível com o respeito pelo 3 papel e funções do poder local democrático e com a criação das regiões administrativas, como prevê a Constituição da República Portuguesa, matéria sucessivamente adiada pelo PS e PSD.”

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