Proposta de Orçamento de Estado para 2025 ignora o Alentejo-DRA do PCP
A preparação do XXII Congresso do Partido Comunista Português que vai decorrer em Almada, nos dias 13, 14 e 15 de dezembro foi o tema central da última reunião da DRA do PCP. Ainda assim, os comunistas abordaram também alguns assuntos relacionados com a região e afirmam que a proposta de Orçamento de Estado para 2025 “ignora o Alentejo”.
Para a DRA do PCP, “à semelhança da prática do anterior Governo do PS, o Governo PSD/CDS confirma a falta de vontade destes partidos em enfrentar seriamente os problemas da região, em concretizar as infraestruturas indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida e para a promoção do seu desenvolvimento.”
Nesse sentido, os comunistas afirmam que “a proposta
de Orçamento de Estado para 2025 ignora o Alentejo e os seus problemas, seja
por não dar resposta a problemas estruturais de âmbito nacional (salários,
pensões, habitação, saúde, educação), seja optando por não inscrever investimentos
essenciais ao desenvolvimento da região, várias vezes hipocritamente defendidos
por responsáveis políticos regionais do PS e PSD.”
No caso da ampliação do Hospital Distrital de Beja, os comunistas consideram “que
apenas se fica pelas diligências, não sendo neste momento claro até que ponto
se poderá concretizar as obras de ampliação”
Relativamente à ferrovia, a DRA afirma que “continua a marcar passo” e a nível da rodovia que “as obras que estão previstas não correspondem ao necessário e mais uma vez atrasam antigas e justas reivindicações das populações, como são os casos da conclusão e requalificação do IP2, do IC33 assegurando a ligação entre Sines e Évora, e do necessário IP8, com 2 vias em cada sentido, sem portagens, entre Sines e Vila Verde de Ficalho.”
Quanto ao Aeroporto de Beja a DRA reafirma as propostas do PCP para o seu aproveitamento e valorização enquanto Aeroporto complementar ao Novo Aeroporto de Lisboa, ao serviço da região e do País.
A DRA do PCP considera que a gestão dos recursos hídricos, com a ocorrência mais frequente de situações de seca e a persistência de situações de escassez exige uma resposta que passa pela criação de uma rede de infraestruturas hidráulicas na região, pela concretização de perímetros de rega associados ao Alqueva, pela construção da barragem do Crato-Pisão - com um modelo de gestão semelhante à EDIA Alqueva - e pelo apoio às autarquias e o respeito pela sua autonomia na gestão do ciclo urbano da água.