Primeiro museu de BD em Portugal deverá nascer em Beja até 2025
O primeiro museu em Portugal dedicado à banda desenhada deverá ser criado em Beja no atual mandato autárquico, até 2025, para contar a história da nona arte portuguesa, admitiu hoje o presidente do município promotor do projeto.
Foto: Justino Engana
“Não é uma certeza absoluta, mas a nossa expectativa é essa”, de criar o museu durante o atual mandato, que começou no dia 18 deste mês e terminará em outubro de 2025, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio.
O autarca socialista lembrou que, em 2017, quando tomou posse para o primeiro mandato, disse que “só equacionaria avançar num segundo mandato com o museu da banda desenhada”, projeto que tinha sido lançado em 2016 pelo anterior executivo comunista.
“É isso que continua nos nossos propósitos”, afirmou, frisando: “Não me posso comprometer, nem seria justo, nem honesto da minha parte, com uma certeza absoluta, mas faremos [atual executivo municipal liderado pelo PS] o que estiver ao nosso alcance para avançar com o projeto”.
Ou seja, executar os projetos de arquitetura e museológico, o que está a ser feito por técnicos do município, a medição orçamental e, “se possível, passar à fase de instalação do museu”, precisou.
Paulo Arsénio disse que o projeto de arquitetura, para adaptar dois edifícios municipais para instalação do equipamento, da autoria do arquiteto Manuel Faião, e a proposta de projeto museológico, da responsabilidade do mentor do museu Paulo Monteiro, estão “praticamente concluídos”.
Assim que aqueles projetos estiverem concluídos, o município passará à fase de medição orçamental, ou seja, apurar os custos de instalação do museu, que inclui a obra de adaptação dos edifícios e compra de equipamentos, explicou.
“Sem querer avançar com uma linha temporal”, o autarca disse esperar que a fase de medição orçamental esteja concluída “o mais rapidamente possível, podem ser alguns meses”, para depois o município poder “ver quais são as possibilidades de avançar com o projeto”, como é seu “desejo fazê-lo”.
O autarca disse que, “em função” do investimento necessário, o município poderá candidatar a criação do museu a financiamento comunitário ou concretizá-la com verbas próprias.
Segundo Paulo Arsénio, o município tem de aguardar pelo novo quadro de apoios comunitários para poder candidatar a criação do museu, porque já não o pode fazer no atual.
No âmbito do Portugal 2020, “a Câmara de Beja já tem os fundos felizmente esgotados, significa que fomos bons a aproveitar os que tínhamos à disposição”, justificou.
Caso não seja possível financiar o museu com fundos comunitários e se o investimento necessário “não for muito elevado”, o município “não excluí a possibilidade de avançar no processo com verbas próprias”, disse.
“Se o valor de instalação do museu não for muito elevado e pudermos fazer várias coisas por administração direta, internamente, com custos mais reduzidos, também assumiremos essa responsabilidade”, admitiu.
Comente esta notícia
Destaques
De Beja para Times Square: dois bejenses na cerimónia do “Ring the Bell” da Nasdaq em Nova Iorque
Presidente eleito da Câmara de Beja sem preocupação depois de PS recusar acordo
Ministra Graça Carvalho diz que "Beja é seguramente a capital de distrito mais abandonada do país e isso não pode continuar"

