A situação económica e social no Alentejo é, segundo a DRA, “marcada, tal como no País, pelo agravamento das injustiças e dificuldades que afetam os trabalhadores e o povo.” Para os comunistas “o Governo PS prossegue uma política de direita que não afronta os interesses do grande capital e insiste em penalizar quem vive dos seus salários, das suas pensões, quem tem menos rendimentos, convergindo nestas opções com as opções de PSD, Chega e IL.”

Na educação, o início do novo ano letivo demonstra, de acordo com a DRA do PCP, “a real dimensão dos problemas estruturais existentes, resultantes da desresponsabilização e desinvestimento do Estado e agravados com o processo de transferência de encargos para as autarquias locais”

Quanto à saúde, dizem os comunistas “a situação na região é cada vez mais dramática. A degradação do Serviço Nacional de Saúde é sentida por toda a região Alentejo, com situações já insuportáveis em vários concelhos.”

“As obras prometidas para a região que continuam a marcar passo a nível da qualificação dos hospitais e centros de saúde, a gritante insuficiência de meios humanos (médicos, enfermeiros, auxiliares), a verdadeira chantagem do Ministério da Saúde junto de autarquias que se recusam a aceitar a transferência de encargos nesta área (nomeadamente no que respeita a construção de equipamentos ou colocação de médicos), a imposição de novas formas de organização e gestão, nomeadamente com a criação das Unidades Locais de Saúde (ULS)” são algumas das situações apontadas.

Da reunião da DRA saiu também o anúncio que uma delegação do PCP visita, nos dias 16 e 17 de outubro, as zonas afetadas pelo incêndio de Odemira para contactar com “populações, produtores e entidades para aprofundar o conhecimento da situação e aferir quais dos apoios prometidos, com pompa e circunstância, pelo Governo, estão concretizados.”

Quanto à situação de Seca, o PCP denuncia que “continuam a faltar medidas de apoio, bem como medidas mais estruturais, que mitiguem, antecipem e evitem as causas e efeitos de situações extremas.”

Afirma ainda o PCP que “o agravamento da situação económica e social é completamente ignorada nas opções que têm vindo a ser tomadas na gestão dos fundos comunitários para a região” apontando os exemplos do “POR2020, que finaliza este ano e cuja utilização de fundos está ainda aquém dos valores definidos” assim como “as orientações e políticas apresentadas para o período de programação do POR 2030 cuja entrada em funcionamento está a marcar passo e é marcada por um centralismo e opacidade crescentes.” Quanto ao PRR, dizem os comunistas que as prioridades e concretização “estão cada vez mais distantes da política e das opções de que o Alentejo precisa e que se confirma estar desenhado para beneficiar sobretudo grandes empresas e atividades de capital intensivo.”

A DRA do PCP denuncia aquilo que considera ser “as sucessivas operações de propaganda que o PS e o Governo têm levado a cabo na região Alentejo” e critica o facto de insistirem em “pintar de cor-de-rosa uma realidade que não existe, efetuando um sem número de anúncios e promessas que dificilmente se concretizam, que são adiadas ou que nunca são cumpridas. O que sobra de propaganda falta em seriedade e resolução de problemas.” Neste capítulo, aponta vários exemplos nomeadamente a Linha do Sul e Linha do Alentejo, investimentos a nível da rodovia no IP2, IP8, IC13 e IC33, assim como, a “ausência de qualquer visão para um melhor aproveitamento do Aeroporto de Beja”. 

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