Em comunicado, o município indicou que o estudo destas três pinturas murais a seco de um total de cinco existentes realiza-se no âmbito do projeto “Almada – O desvendar da arte da pintura mural de Almada Negreiros”.

“Os trabalhos estão a ser desenvolvidos, em contexto de aula, por alunos de Património da Universidade de Évora (UÉ)”, adiantou.

Assinalando que “estas pinturas são exemplares únicos na cidade”, a autarquia realçou que se pretende “efetuar o primeiro estudo técnico, material e de diagnóstico no local com recurso a técnicas não invasivas”.

Esta campanha visa também “sensibilizar os jovens estudantes de Património para a necessidade de salvaguarda da herança cultural e artística da cidade”, sublinhou.

O estudo resulta de uma iniciativa conjunta do projeto Almada, do Laboratório HERCULES da UÉ, e da Câmara de Évora, com a participação de alunos da disciplina Património, Conservação e Ciência do Curso de Património Cultural.

Em 2023, o projeto Almada, que reúne uma equipa multidisciplinar para analisar o legado de pintura mural de Almada Negreiros e o seu estado atual, incluindo os painéis do porto de Lisboa, foi um dos quatro projetos portugueses distinguidos com os Prémios Europeus do Património Cultural Europa Nostra.

Iniciado em 2021, o projeto Almada está distribuído por cinco núcleos, que incluem a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o antigo edifício-sede do Diário de Notícias e a Escola Patrício Prazeres, em Lisboa, além das duas gares marítimas, de Alcântara e da Rocha Conde d'Óbidos, que acolhem os painéis mais emblemáticos em estudo, segundo os especialistas.

O objetivo final deste projeto é perceber os problemas existentes e fornecer conhecimento essencial para a futura conservação das obras.

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