Os comunistas querem que o Governo valorize o Aeroporto de Beja no âmbito do sistema aeroportuário nacional, “aproveitando todos os seus recursos e potencialidades” e que mobilize os recursos financeiros necessários, como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o novo Quadro Financeiro Plurianual, ou ainda verbas do Orçamento de Estado.

O PCP defende ainda a criação de “uma intermodalidade de serviços e transportes, conjugando as valências rodoviária, ferroviária e aérea”, uma exigência que obriga à “modernização e eletrificação de toda a Linha do Alentejo, na ligação entre casa Branca-Ourique/Funcheira, incluindo a ligação ao aeroporto de Beja”, assim como à “conclusão do IP8 na sua totalidade, entre Sines e Vila Verde de Ficalho, conforme definido no Plano Rodoviário Nacional, com duas vias de trânsito em cada sentido e sem portagens”.

Segundo o PCP para promover o desenvolvimento endógeno do turismo, indústria e manutenção aeronáutica e logística da região, é fundamental que o governo “potencie a estratégia integrada da aeronáutica, carga, parqueamento, manutenção e passageiros”. É ainda defendida uma articulação entre os diferentes níveis de planeamento local, regional e nacional das utilizações a dar ao aeroporto e que o aproveitamento do Aeroporto de Beja seja considerado “como promotor da fixação de população e da indústria na região”.

No documento os deputados comunistas lamentam que “hoje o aeroporto continue sem um adequado aproveitamento e sem dar o contributo, que pode dar, para o desenvolvimento regional.”

O PCP acrescenta que “o desenvolvimento do Aeroporto de Beja não é contraditório antes compatível com a construção faseada do novo Aeroporto de Lisboa no Campo de tiro de Alcochete e o progressivo desmantelamento do Aeroporto da Portela.” Uma opção que, segundo os comunistas, torna ainda “mais necessária a recuperação do controlo público da gestão dos aeroportos nacionais.”

Para o PCP “quem tem responsabilidade governativas não pode continuar a permitir que o investimento público, promotor do desenvolvimento, continue a ser adiado por falta de vontade política para o concretizar.”

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