Paulo Barriga, na qualidade de jornalista freelancer, viu a sua proposta de trabalho subordinado ao tema: “Suicídio no Alentejo em tempos de Covid-19”, ser uma das cinco selecionadas entre as mais de 30 candidaturas apresentadas.

Em declarações ao “O Atual”, o jornalista alentejano, dá-nos conta da surpresa e da satisfação, já que não é todos os dias que se recebem este tipo de bolsas. Sobre a temática proposta para abordagem, Paulo Barriga recorda que a problemática  do suicídio não é uma questão nova na região, refere a dificuldade e complexidade da comunicação inerente ao tema, mas, o trabalho que se propõe desenvolver parte daquilo que é já uma preocupação para os especialista em saúde mental, que é o impacto da pandemia de COVID-19 nos números e na alteração de padrão do suicídio na região.   

Para além de Paulo Barriga foram selecionadas mais quatro propostas:

·         Alexandre Costa, jornalista freelancer

     A experiência em que todos estamos a participar – O impacto da Internet e das múltiplas          

     plataformas online a nível cognitivo e neurológico

·         Margarida David Cardoso, jornalista do Fumaça

     ‘Eu já não quero um amanhã’ – Análise sobre como é viver com uma doença mental

·         Helena Gatinho, jornalista freelancer

     Isolamento Social: O cérebro pode ficar diferente?

·         Vitalino José Santos, jornalista do Jornal digital «sinalAberto»
A medicina personalizada em hemato-oncologia

Cada um dos cinco jornalistas recebe uma bolsa no valor de 2.000 euros, totalizando um apoio de 10 mil euros.

As candidaturas foram avaliadas por um júri composto por: Isabel Nery, do Sindicato dos Jornalistas, Ricardo Encarnação, Diretor Médico da Roche, Graça de Freitas, Diretora-Geral da Saúde, Constantino Sakellarides, Médico e Professor Catedrático e por Sara Sá, jornalista.

André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche, manifestou a sua profunda admiração pelos jornalistas portugueses, destacando também o seu papel no combate à pandemia. O novo Diretor-Geral assumiu ainda o compromisso da Roche em contribuir para um ecossistema de saúde mais informado, mais esclarecido, mais equitativo e mais justo: “As Bolsas de Jornalismo são um projeto muito importante para a Roche. Para nós é fundamental uma sociedade que valoriza o jornalismo independente, de qualidade. Num mundo onde o fenómeno das chamadas fake news é uma realidade com que nos confrontamos a cada instante, e onde a área da saúde é uma das principais visadas por fenómenos de desinformação, o trabalho dos jornalistas é ainda mais crítico, ainda mais importante.”

Pelo Sindicato dos Jornalistas, a presidente, Sofia Branco, destacou o papel do jornalismo no acompanhamento da crise pandémica, mas manifestou preocupação quanto à “saúde financeira e laboral do jornalismo”, também afetado pela pandemia. Para Sofia Branco, as Bolsas de Jornalismo são “ainda hoje mais oportunas”, agradecendo à Roche, em nome do Sindicato, por “continuar a ser parceira nesta iniciativa e por assumir uma responsabilidade social que é essencial”.

A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, um dos elementos do júri destas Bolsas, considerou um privilégio fazer parte desta iniciativa, que “se mantem viva, mesmo em tempos de pandemia” e explicou que “no meio deste imediatismo e necessidade de todos darmos respostas em tempo real, ao analisar as propostas, quisemos um momento de pausa, olhando para as candidaturas como se estivéssemos num tempo normal em que a investigação e a qualidade ainda têm lugar”.

Galeria de fotos

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.