Odemira é um dos locais onde vai decorrer o protesto que defende que Portugal precisa de menos eucaliptos e de “construir bosques e áreas florestais resilientes às alterações climáticas, que não sirvam apenas os interesses das grandes empresas, mas que sejam conservadores de solos e água perante a ameaça da desertificação”.

“O que nós exigimos é uma floresta diversa, habitada, que tem estes meios de combate e vigilância o ano inteiro, guardas e vigilantes da natureza, sapadores florestais, noções de conservar água e solos para evitar a ameaça das alterações climáticas, com espécies adequadas a cada território e que também se relacionam com atividades económicas diversas que permitem às pessoas terem rendimento no meio rural”, disse à Lusa Beatriz Xavier, da organização.

Segundo a representante, as áreas de eucaliptal abandonado existentes no país destroem o território, aceleram a desertificação e são precisamente o contrário do objetivo de uma “paisagem biodiversa e resiliente, que aguenta choques como os grandes incêndios e que não é uma ameaça para quem vive perto dela”.

“É uma floresta que não está abandonada, que ou se sabe a quem pertence através de um cadastro florestal ou tem de ser responsabilidade do Estado. Tem que haver esta responsabilização do Estado”, acrescentou, considerando que “o Governo já comprovou ser incapaz de reagir”, mantendo tudo igual depois das tragédias de 2017.

O manifesto que convoca o protesto é assinado por mais de 60 cidadãos, de diferentes idades e profissões, que apelam “a um sobressalto cidadão contra o risco gigante que Portugal corre enquanto país perante a crise climática e uma floresta explosiva ao serviço da indústria da celulose”.

Em Odemira a concentração está marcada para as 15:00 horas no bar O Cais, os participantes vão depois a pé até à Câmara Municipal.

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