A mostra, que vai poder ser visitada até 31 de agosto, inclui pinturas de grandes dimensões, várias instalações e diversos objetos, resumiu o município alentejano, em comunicado enviado à agência Lusa.
A iniciativa convida os visitantes a refletirem “acerca da essência da própria arte e da sua função social”, acrescentou.
O autor dos trabalhos “assume um olhar desassombrado sobre estas questões, com o sentido de humor e ironia que lhe são característicos”, disse o município.
Segundo o artista plástico, num texto alusivo à exposição, “o mundo está dividido entre as pessoas que são Artistas e as pessoas que não são Artistas (Não-Artistas ou Nartistas)”.
“As pessoas que são Artistas são consideradas Artistas pelos outros Artistas e pelas pessoas que são Nartistas”, enquanto “os Nartistas não são considerados Artistas”, afirmou.
Para Pedro Portugal, “os Nartistas não fazem arte e chamam-se espetadores, público, colecionadores, clientes, mecenas, amantes de arte, investidores, comissários, patrocinadores, dealers, galeristas, curadores, conservadores, consultores e outros Nartistas”,
E “vão ver Arte a sítios onde há Arte, como galerias, museus e salas de exposições” como a de Beja, acrescentou.
“A perplexidade que assiste a todos os Nartistas é: como é que um Artista é Artista? Ser ou Não Ser…Artista? A pergunta é fácil, mas a resposta não. Esta exposição é uma resposta à questão”, escreveu também o autor dos trabalhos expostos.
Pedro Portugal, nascido em 1963, é especialista em informação visual, pintor, escultor, ensaísta, consultor e pedagogo.
O artista é cofundador dos movimentos artísticos Homeostética (1983), Ases da Paleta (1989), Etno-Estética (1993), Explicadismo (2007), Pandemos (2013), Zuturismo (2017), Arthomem (2018) e KWØ (2020).

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