Entrou no The Voice totalmente por acaso. Foi inscrito por amigos e disse: “vamos lá, será o que tiver que ser”. Nunca imaginou passar das provas cegas, quanto mais vencer o The Voice.

Parece, aliás, que a música é um acaso na vida de Luís. No Alentejo canta-se, sem se ser necessariamente um grande cantor. Canta-se porque o cante alentejano está nas raízes de cada pessoa que tem a sorte de nascer no Alentejo. Canta-se porque o cante faz parte do convivio entre amigos e do convívio familiar. E o Luís começou a cantar. Era um hobbie, um hobbie igual aos outros que tem: passear no campo, caçar, pescar e estar em contacto com a natureza.

Aos 13 anos é quando começa a gostar verdadeiramente de música, como ouvinte. Torna-se fã de Rui Veloso, António Zambujo, Djavan, Caetano Veloso, Chico Buarque, Elis Regina, Buika, Stevie Wonder, Alicia Keys, The Beatles, António Variações, que hoje refere como as suas principais influências, grupo a que junta mais tarde Maro, Pedro Abrunhosa, Sara Correia, Carminho, Ricardo Ribeiro, Marco Rodrigues, Jacob Collier ou Miguel Araújo.

Aos 16 começa a cantar com grupos de amigos, grupos corais de jovens alentejanos onde o cante é a maior inspiração, mas onde explora também as suas principais influências fora deste género. Passou por vários grupos, o último dos quais Os Vocalistas, com quem fez vários espetáculos. Aos 18 anos começa a perceber que tem uma boa voz, no entanto a natureza continua a falar mais alto e resolve frequentar o curso de Agronomia no Instituto Politécnico de Beja, Escola Superior Agrária de Beja. Paralelamente começou a aprender guitarra clássica, de forma autodidata.

Mas o The Voice Portugal veio trocar-lhe as voltas todas. A semente que já estava plantada pelo amor crescente pela música enquanto ouvinte, pelos grupos corais e pelas inúmeras experiências ao vivo que lhe provocavam emoções únicas, foram exponenciadas pelos momentos incríveis e emotivos que viveu no The Voice e pela forma como foi arrebatando o público.

Quando venceu o The Voice não teve dúvidas: ia agarrar esta oportunidade com todas as forças. Deixou o curso de Agronomia para aproveitar um dos prémios que o programa lhe deu: um curso superior de jazz e música moderna, onde Luís espera aprender o máximo possível. Para além da voz e da composição, irá estudar guitarra clássica e piano.

Luís Trigacheiro começou também a trabalhar de imediato no seu futuro na música, juntamente com a Universal Music Portugal, enquanto editora, management e agenciamento e com inúmeros compositores e autores que de imediato aceitaram o desafio para trabalhar com esta voz tão especial, a que muitos já chamam o novo embaixador do Alentejo.

Sabe bem aquilo que quer para o seu disco de estreia: “quero um disco que seja eu, sem capas, sem camuflagens, sem máscaras”. E em palco quer estar acompanhado por amigos, grandes músicos, mas acima de tudo amigos, porque a família e os seus amigos são os seus grandes pilares. 

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