A cimeira da Frente Comum decidiu realizar um plenário nacional de sindicatos frente à Assembleia da República, no dia 27 de outubro, pelas 11:00, dia da votação na generalidade do Orçamento do Estado, e marcar uma greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública para o dia 18 de novembro, declarou em conferência de imprensa.

A Frente Comum diz que a proposta do governo de aumentos salariais de 3,6%, "quando a inflação prevista se cifra agora nos 7,8% para etse ano, e para o próximo ano não vai estar a zero", é "uma proposta de empobrecimento" que os trabalhadores não podem aceitar.

"Entendemos que o Governo tem tempo, espaço e meios orçamentais para dar resposta à necessidade de aumento de salários dos trabalhadores da Administração Pública. Parece é não ter vontade de o fazer", afirmou ainda, em declarações posteriores à agência Lusa, Sebastião Santana.

Os trabalhadores da administração pública apresentaram uma proposta reivindicativa de aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100 euros.

Consideram que este aumento permitiria “não haver perda de poder de compra e alguma recuperação em relação àquele que se vem perdendo já desde 2009”.

O Governo tem orçamento e tem “aliás, mais disponibilidade financeira", além de "um crescimento previsto acima da média e das suas primeiras previsões”, insiste a Frente Comum, que defende que o executivo de António Costa tem condições para alterar a proposta inscrita no Orçamento de Estado até ao dia da votação final global.

Por isso, sublinhou Sebastião Santana, os trabalhadores “vão desenvolver a sua luta e não vão ficar calados a assistir a mais um ano, e ainda por cima de uma maneira muito aguda, de perda de poder de compra”.

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