A programação desta edição do festival, que é promovido pela Câmara de Évora, vai ter como principais temas “A descolonização do pensamento” e “A igualdade de género”, indicou o município em comunicado.

“A música e as artes sitiam as ruas e praças contaminando tudo e todos de liberdade”, salientam os promotores, considerando que este é o mote para o festival deste ano.

“O programa integra 20 espetáculos de música oriunda de lugares do mundo como o Afeganistão, Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Guiné-Bissau, Mali, Moçambique e Portugal”, realçou a organização.

O festival, que se estende para além da música, diariamente dá lugar às conversas, ao teatro, à literatura, à dança, ao novo circo e às artes visuais, numa edição que procura “o envolvimento das famílias” e que “oferece oficinas de música e outras ligadas ao património”, adiantam os promotores.

A programação desta edição do Artes à Rua resulta também de residências artísticas que envolvem frequentemente “criadores de lugares distantes”, disciplinas artísticas diversas, línguas diferentes, que criam e se entendem através de uma linguagem universal, “uma linguagem que emerge da emoção criativa, da tolerância, do respeito pelo outro independentemente da sua origem social, étnica, cor da pele, identidade e orientação sexual, religiosa, estética”, segundo a organização.

“O Artes à Rua é uma iniciativa que se confunde com a vida que se espraia com vagar pelas músicas, pelas memórias, pelos lugares que nos identificam, ressignificando-os, pelo conhecimento e por essa imensa rede a que chamamos Humanidade. O Festival traduz a imagem de Évora, cidade solidária, de cultura, de respeito pelo direito à diferença, cidade livre que se debruça sobre a planície espreitando a paisagem histórica e cultural que a envolve, desafiando-nos o pensamento crítico”, referiu Luís Garcia, diretor artístico do evento, citado pela câmara.

Em Évora, em setembro, as praças e as ruas são “lugares de afetos e fruição de músicas de muitos lugares do mundo”, que resultam de “muitas tendências estéticas”, que dialogam com as tradições, “resgatando-as do fundo do tempo”, numa dinâmica permanente de construção da identidade dos povos, adiantou a autarquia.

“As mesmas ruas e praças são lugares de encontros mediados pela música, a dança, o teatro, a performance, o novo circo, as artes visuais e até uma série de ‘podcasts’ ao vivo”, salientou o município.

Segundo os promotores, a programação completa do festival será divulgada em breve, e todas as atividades são de acesso gratuito.

O Festival é uma iniciativa da Câmara Municipal de Évora, Cidade Capital Europeia da Cultura em 2027.


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