O congresso arranca esta tarde, às 18:30 horas, no auditório do Pavilhão do Parque de Feiras e Exposições, enquanto, amanhã, a partir das 10:00 horas, o dia de trabalhos decorre no Teatro Bernardim Ribeiro, com a sessão de encerramento marcada para as 18:30 horas.

Nesta 3.ª edição, que já devia ter sido realizada em anos anteriores, tendo a obrigada sido obrigada a adiá-la devido à pandemia de covid-19, o tema é “Semeando Novos Rumos | Desenvolvimento e Governação Territorial: Desafios e Oportunidades”.

Jerónimo Loios, da comissão organizadora, explicou à agência Lusa que a iniciativa pretende debater o futuro da região Alentejo.

Os “desafios e oportunidades”, temas que marcam o encontro, passam por “procurar inverter”, nos próximos anos, o défice demográfico da região e apostar em fixar jovens, acrescentou.

“O desafio é o de procurar inverter o défice demográfico que afeta toda a região e de encontrar respostas, soluções, que invertam esta tendência”, o que passará também, segundo a AMALentejo, “pela procura de fixar na região empresas e população”, defendeu.

Tendo também como ‘bandeira’ a regionalização, Jerónimo Loios recordou que a população do Alentejo, apesar de ter beneficiado ao longo dos últimos anos de vários investimentos, suportados principalmente por fundos comunitários, “carece ainda de atenção e de investimentos, carece ainda de respostas para essas questões”.

A candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027, que vai ser apresentada aos participantes do congresso por Paula Mota Garcia, coordenadora da Equipa de Missão Évora 2027, é também um dos destaques da programação, na manhã de sábado.

O congresso ficará também marcado por painéis sobre os problemas relacionados com a emergência climática, turismo, cultura, agricultura, políticas europeias para o desenvolvimento regional, entre outros temas.

Criado em 2015, o movimento AMAlentejo tem como “objetivos prioritários” as questões relacionadas com o desenvolvimento, a defesa do papel do poder local democrático e a criação das regiões administrativas.

“Para nós essa é uma questão incontornável [a criação das regiões administrativas]. Não é com a questão das regiões que se resolvem todos os problemas que o Alentejo tem, mas seria certamente um contributo importante para alavancar as sinergias regionais e chamar uma maior participação dos cidadãos, com ganhos comprovados para os serviços públicos”, defendeu Jerónimo Loios.

O AMAlentejo assumiu-se desde o início como “um movimento plural”, aberto à participação de todos, alentejanos ou não, que tenham como “único propósito a defesa” da região.

O 1.º congresso foi realizado em 2016, em Tróia, no concelho de Grândola (Setúbal), o 2.º em 2018, em Castelo de Vide (Portalegre), sendo agora a vez de Estremoz (Évora) acolher a 3.ª edição, com a organização a prever a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na sessão de abertura, às 18:30 de sexta-feira.


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