Em Beja, CGTP admite greve geral se Governo mantiver pacote laboral
A CGTP-IN voltou esta manhã a deixar o aviso ao Governo: se o pacote de alterações à legislação laboral se mantiver “em cima da mesa”, a resposta dos trabalhadores poderá passar pela convocação de uma greve geral. O alerta foi feito em Beja, pelo secretário-geral da central sindical, Tiago Oliveira, no final de um plenário que reuniu dirigentes, delegados e ativistas sindicais de todo o distrito.

“Todas as formas de luta estão em cima da mesa, incluindo a greve geral”, afirmou Tiago Oliveira, sublinhando que a decisão dependerá da manutenção, por parte do Governo, do conjunto de medidas que integram o anteprojeto “Trabalho XXI”, atualmente em discussão na Concertação Social.
Segundo o dirigente sindical, “tudo depende do Governo e da retirada do pacote laboral de cima da mesa”, acrescentando que, “consoante o ataque, consoante a resposta de quem trabalha”. Tiago Oliveira classificou as alterações ao Código do Trabalho como “um profundo retrocesso” e “um ataque aos direitos de quem trabalha”.
A iniciativa, promovida pela União de Sindicatos do Distrito de Beja, decorreu ao longo da manhã e terminou com uma marcha de sindicalistas até às Portas de Mértola, no centro histórico da cidade.
Em Beja, o secretário-geral da CGTP voltou a criticar o pacote legislativo apresentado pelo Governo, que integra “mais de 100 medidas que desvalorizam o trabalho e os trabalhadores”. “Temos um Governo que continua a perpetuar uma política de desvalorização do trabalho, de ataque aos serviços públicos, ao SNS, à escola e à Segurança Social”, afirmou.