Foto: Justino Engana

“Beja tem alguns bairros complicados e temos também uma grande percentagem de população migrante. Somos um concelho, analisando todas estas características e variáveis, que estaremos sempre na linha de risco”, lamentou o autarca, em declarações à agência Lusa.

O primeiro-ministro António Costa alertou na quinta-feira que há 27 concelhos que devem estar alerta porque registam uma taxa de incidência da covid-19 superior a 120 casos por 100 mil habitantes e que, se tiveram uma segunda avaliação negativa, podem ficar retidos ou recuar no plano de desconfinamento.

Esses 27 concelhos são: Alijó, Alpiarça, Arganil, Batalha, Beja, Boticas, Cabeceiras de Baixo, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Coruche, Fafe, Figueiró dos Vinhos, Lagos, Lamego, Melgaço, Oliveira do Hospital, Paços de Ferreira, Penafiel, Peniche, Peso da Régua, Ponte da Barca, Póvoa de Lanhoso, Tábua, Tabuaço, Vidigueira e Vila Real de Santo António.

“Nós temos um número um pouco mais elevado do que os 120 [casos por 100 mil habitantes] nesta última quinzena, andará pelas nossas contas na ordem dos 226 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias” indicou o autarca.

Paulo Arsénio explicou que estes números estão relacionados com um surto que foi detetado num bairro “muito específico” daquela cidade.

“Num município como Beja, se a medição for feita à quinzena, bastam 41 novos casos (por quinzena), independentemente dos recuperados, para que Beja fique no vermelho e não possa continuar a avançar”, disse.

De acordo com o autarca, o concelho contabiliza nesta altura “75 casos ativos”.

O presidente da Câmara de Beja considerou ainda “positivo” que o Governo tenha alterado a avaliação dos casos covid-19 nos concelho de quinzenal para semanal.

“Isso, em termos de economia local, é menos penalizador do que estarmos duas semanas fechados ou mais retraídos”, considerou.

O presidente da Câmara de Beja tem ainda a “expectativa” de que as testagens continuem e que os diagnósticos positivos sejam “cada vez menos” no concelho.

“Independentemente da situação em que Beja está, em situação de alerta, em que de amanhã (sábado) a uma semana poderá eventualmente regredir da quarta fase para a terceira, as autoridades de saúde devem continuar sempre a testagem, essa é também uma condição para preservar a saúde pública na área de cada um dos territórios”, acrescentou.

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