Segundo a CONFAGRI até ao final do mês de dezembro, os pagamentos previstos reduzem comparativamente aos pagos no período homólogo de 2022.

Em 2022, de acordo com o INE, os Agricultores portugueses tiveram uma redução do rendimento da atividade agrícola, em termos reais, de 11,8%, o que leva a CONFAGRI a “temer que, em 2023, vai ainda ser pior.2

Nuno Serra, Secretário-Geral Adjunto da CONFAGRI, refere “vemos com extrema preocupação o calendário de pagamentos confirmado pelo IFAP, pois revela que os agricultores irão acarretar mais custos o que vai, definitivamente, condicionar o seu rendimento e ser mais um entrave à competitividade do setor.”

Este ano, por exemplo, a campanha de cereais foi fortemente marcada pela seca severa a extrema devendo ser a segunda pior desde que existem registos sistemáticos, as produções pecuárias de leite e carne, com a escassez de alimentos, viram os custos de produção subir devido a aumentos anormais da alimentação e energia,

Afirma a CONFAGRI que “acresce a todas circunstâncias de quebra de produção e rendimento e uma campanha de recolha de candidaturas ao apoio aos agricultores exigente, e extremamente extenuante para as Organizações Agrícolas, o surgimento, agora, de uma nova exigência, o «Sistema de Vigilância de Superfícies – SVS», com notificações a chegarem por carta a todo o território, com um “Período de Alteração/Correção” das candidaturas do PU2023 de apenas 15 dias para que os Agricultores e respetivos Técnicos que os acompanham respondam a todos os pedidos.”

Para Nuno Serra “esta nova exigência e a redução no período para alterações / correções torna extremamente difícil para Agricultores e suas Organizações, o cumprimento do calendário.”

A CONFAGRI, tendo em conta estes “factos extremamente penosos para os agricultores” faz um apelo à tutela para que possa diligenciar, “junto das instituições bancárias que financiaram a antecipação dos apoios ao rendimento, a inexistência de penalizações decorrentes de eventuais atrasos na amortização dos créditos contratados, consequência da redução dos pagamentos até dezembro.”

Afirma a CONFAGRI é imperativo que o Governo “adeque as políticas públicas às circunstâncias difíceis por que passam os agricultores e que garanta que não exista perda de rendimento a quem dele precisa para produzir os nossos alimentos” e defende que “situações excecionais, exigem medidas excecionais."

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