Em nota de imprensa, a autarquia de Odemira revela que “começaram a ser notificados os consumidores denominados precários, que tinham autorização para consumo de água, do canal do Mira.”

Segundo a autarquia odemirense, numa carta, a Associação de Beneficiários do Mira (ABM), informa que “a albufeira de Santa Clara continua num nível critico o que limita o fornecimento de água às aéreas beneficiadas em 3.500m3 por hectare inscrito e impossibilita o fornecimento de água para rega ou outras utilizações a título precário.”

Dessa forma, afirma o município, “centenas de pequenos consumidores nos concelhos de Aljezur e de Odemira, na maioria pequenos empresários, estão a ser contatados, pela ABM, para lhes cortarem o acesso à água do canal do Mira, estando negócios em risco, pequenas hortas em risco, criação de animais em risco, numa situação de profunda injustiça, para quem durante anos usufruiu deste bem essencial, pagando a respetiva fatura.”

Os presidentes das Câmaras de Odemira e Aljezur reuniram-se recentemente, com o ministro do Ambiente e o vice presidente da APA e os diretores regionais da APA do Algarve e do Alentejo, tendo os dois autarcas manifestado “várias preocupações e colocado uma série de questões sobre a situação e uso da Barragem de Santa Clara, nomeadamente a necessária garantia de soluções de abastecimento a partir de novo sistema de bombagem e garantia do seu financiamento, a urgência de um Plano de gestão e resiliência, investimentos no reforço de otimização e redução de perdas na rede de distribuição, bem como medidas de gestão de crise, justas e equilibradas para todos os utilizadores da água de Santa Clara e não apenas para alguns.”

Para os autarcas “esta situação de corte ainda se torna mais injusta e injustificada, pois uma parte substancial da água captada na Barragem de Santa Clara acaba por ser lançada ao mar em diversos pontos dos concelhos de Aljezur e Odemira, nos terminais do Canal do Mira”, por isso, manifestam “a sua preocupação e exigem que seja revista esta posição encontrando uma solução equilibrada e justa, por forma a minimizar os efeitos da necessária poupança, mas sem privar ninguém dos atuais utilizadores no acesso à água com origem em Santa Clara.”

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