No comunicado lê-se que “tal como foi tornado público no esclarecimento enviado em 19 de fevereiro, este município encetou várias diligências junto de diversas entidades governamentais, tendo recebido, apenas, uma resposta do Gabinete do Ministro da Defesa Nacional, datada de 18 de fevereiro, na qual se indica que não existe, até ao momento, qualquer decisão tomada relativamente à localização desta infraestrutura e que, numa fase posterior, as autarquias abrangidas seriam contactadas”.

A autarquia afirma que “volvidos quase cinco meses, essa auscultação à autarquia de Mértola não aconteceu”.

O município reafirma “a total ausência de envolvimento e desconhecimento sobre qualquer processo de decisão e reitera a sua preocupação com os impactos sociais, ambientais e económicos que um projeto desta natureza poderá representar para o território”.

A Câmara de Mértola “lamenta o silêncio das entidades competentes e considera inaceitável que se continue a falar de uma possível deslocação do Campo de Tiro de Alcochete para o interior do Alentejo sem o mínimo de diálogo institucional com as autarquias e populações potencialmente afetadas”.

A autarquia frisa que “mantém a sua posição e continua frontalmente contra qualquer cenário que represente a transferência de atividades militares com elevado impacto para uma área de reconhecido valor ambiental e cultural”.

“Reafirmamos que qualquer decisão sobre o território deve ser precedida de um amplo debate público, envolvendo os municípios, a sociedade civil, as comunidades locais e as entidades ambientais e científicas. Só assim se poderá garantir que os princípios da sustentabilidade, da coesão territorial e do desenvolvimento equilibrado sejam respeitados”, sublinha o comunicado.

A Câmara Municipal de Mértola diz, ainda, que “continuará atenta, disponível para o diálogo e exigente na defesa dos interesses do concelho e da sua população”. 

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