Esta posição da AMS consta de uma moção apresentada pela CDU e aprovada, por maioria, com 23 votos a favor dos eleitos comunistas, do PS e do PSD e três abstenções do partido Chega, na mais recente reunião da assembleia municipal.

Através da moção, este órgão autárquico pede investimentos na rodovia, como a conclusão do Itinerário Principal (IP) 8, entre Sines e Vila Verde de Ficalho (Serpa), com perfil de autoestrada e sem portagens, e a conservação e qualificação da rede regional.

Denominado “Pela melhoria das acessibilidades e mobilidade na região”, o documento defende também que se invista na ferrovia, nomeadamente com a eletrificação entre Casa Branca e Funcheira e a reativação de toda a linha, sem esquecer o ramal de Aljustrel.

O desenvolvimento do Aeroporto de Beja é outra das reivindicações desta moção da AMS, que quer “o pleno aproveitamento de todas as suas potencialidades” e a sua “ligação ao país através da ferrovia e de autoestrada”.

Considerando que “deve ser aproveitada a janela de oportunidade” dos fundos comunitários, este órgão autárquico reclama ainda a promoção de “uma política de mobilidade e de acessibilidades que combine as suas diferentes formas”.

Segundo a moção, a atual situação relativa às acessibilidades e mobilidade “caracteriza-se pela ausência de respostas por parte deste Governo e dos anteriores ao que são as necessidades da região”.

“A nível rodoviário, acentua-se a degradação das estradas, faltam investimentos em vias estruturantes e a rede de transportes disponibilizada não é suficiente”, pode ler-se no documento.

Já na área da ferrovia, é salientado que “a Linha do Alentejo está transformada num ramal sem as devidas condições” e que sobre a qual “aumentam as queixas sobre o nível do serviço, a qualidade das composições e os seus horários”.

“O Aeroporto de Beja anda aos solavancos e nem a atual dificuldade na rede aeroportuária nacional tem servido para afirmar o seu papel”, lê-se ainda na moção.

De acordo com o documento, devido ao aumento do preço dos combustíveis, “há um maior recurso” aos transportes coletivos, cuja utilização “por vezes é mais reduzida, por impacto também da degradação do serviço e da qualidade da oferta”.

“Mas o número de passageiros não pode ser, numa região dispersa como a nossa, o fator decisivo. Antes pelo contrário, deve ser motivo para medidas de reforço da quantidade e da qualidade”, acrescenta.


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