Em comunicado, a CVRA explica que a cooperação entre as duas entidades surge como “resposta” à crescente desertificação do Alentejo, com a agricultura a ser responsável pelo uso de “75%” da água gasta em Portugal.

No documento é explicado que, em março, arrancou o primeiro projeto desta parceria, denominado por “AQUA VINI”, e que tem como objetivos “fomentar a reutilização” de água na atividade vitivinícola.

O projeto, financiado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, está a decorrer na Herdade da Ravasqueira.

O protocolo celebrado entre as duas entidades pretende ainda “reforçar” as ações no âmbito da reutilização de águas residuais, “reaproveitamento” de lamas de estações de tratamento de águas residuais (ETAR), a sustentabilidade e economia circular e projetos de inovação, conforme o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), lançado em 2015.

Durante os dois anos de duração do protocolo, as duas entidades esperam ainda desenvolver projetos de investigação e desenvolvimento, estando já inserido nesta estratégia o projeto “AQUA VINI”.

De acordo com os promotores, aquele projeto tem ainda como missão a “promoção” de candidaturas a programas de financiamento, de âmbito nacional e comunitário, de projetos de investigação, desenvolvimento e inovação, “potenciar” a participação conjunta em projetos cofinanciados, “dinamizar” atividades de sensibilização, workshops e conferências e “promover” iniciativas que fomentem a economia circular no Alentejo.

“O AQUA VINI é um projeto pioneiro que permitirá estudar a reutilização de água na atividade de regadio, os efeitos desta aplicação no desenvolvimento das culturas irrigadas e o impacto nos recetores ambientais solo e recursos hídricos, bem como nos sistemas de rega”, esclarece por sua vez a AdP VALOR no documento.

Citado no comunicado, o coordenador do PSVA, João Barroso, alerta que a agricultura “é uma das maiores responsáveis” pelo gasto de água em Portugal, recordando que “cerca de 75%” da água ao nível nacional é utilizado por esta área.

“Percebemos que a nossa responsabilidade é acrescida, que precisamos de agir e agir hoje no desenvolvimento de tecnologias e projetos que garantam que, no futuro, teremos uma viticultura que é sustentável em todo o país, possibilitando um futuro mais risonho para as pessoas, para os negócios e para o planeta”, refere.


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